segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A favor do Brigadeiro: brigadeirinhos e brigadeirão.


Já imaginaram o mundo sem o Leite Moça?

Eu já. E não gostei não. Não quero nem pensar nesta possibilidade novamente. Aliás, não  pensem que estou fazendo propaganda para a Nestlé; mas é que o leite condensado Moça é o melhor. Porém, tem uns conservadores por aí que acusam o leite moça de “padronizar o sabor de antigos doces brasileiros, sobrecarregando-os de açúcar, comprometendo sua delicadeza e ajudando a destruir a diversidade do paladar nacional”.
A crítica faz sentido. Desde que o  leite Moça desembarcou da Suíça, no início do século XX, achamo-nos no direito de modificar ícones centenários, como o pudim de leite e a sericaia de Elvas, ambos nascidos nos conventos portugueses dos tempos coloniais.
Mas o fato de maior importância pra mim é que sem o leite condensado não haveria brigadeiro. E isso seria uma tragédia equivalente a um cataclimas – pelo menos pra mim, que sou chocólatra assumido e alucinado por brigadeiro.
E somente por esta razão, a Confraria do Barão de Gourmandise, hoje tratará sobre os brigadeiros.

São imprecisas as informações sobre onde e quando o brigadeiro foi inventado. Quanto à autoria, parece ter sido coletiva. Afinal, nada mais elementar ou intuitivo do que combinar seus ingredientes: leite condensado, chocolate e manteiga. Inicialmente, chamava-se negrinho, em alusão à massa escura. Até hoje os gaúchos o denominam assim.
A voz do povo informa que virou brigadeiro em 1945, quando Eduardo Gomes disputou com Eurico Gaspar Dutra a presidência da República, sendo derrotado nas urnas. Brigadeiro da Aeronáutica, ele ajudara a escrever um capítulo da história do Brasil. Foi um dos líderes do Tenentismo, movimento político emergido entre oficiais jovens das Forças Armadas, celebrizado pela rebelião militar de 1922. No dia 5 de julho, um grupo formado por três oficiais, quinze praças e um civil que se juntou no trajeto, saiu do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e enfrentou a tropa governamental fortemente armada. O combate durou 30 minutos. O futuro Brigadeiro sofreu um tiro de fuzil e caiu gravemente ferido.
Eduardo Gomes ainda fundou o Correio Aéreo Nacional e se converteu em patrono da Força Aérea Brasileira. Em 1950, voltou a disputar a presidência, perdendo para Getúlio Vargas. ‘Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro’, dizia o slogan eleitoral, que não lhe rendeu os votos necessários, mas fascinou as mulheres. Dutra era homem feio e Getúlio nunca constituiu padrão de beleza.

Duas versões explicam o nome do docinho difundido nacionalmente a partir dos anos 50. A primeira conta que mulheres do Rio de Janeiro, engajadas na campanha de Eduardo Gomes, preparavam negrinhos em casa e os vendiam na rua com o nome de brigadeiro, destinando o dinheiro ao fundo de campanha. A outra, espalhada pelos adversários do candidato, é difícil contar sem incorrer em vulgaridade. Mas, como circula no país, precisamos registrá-la. O tiro desferido em Eduardo Gomes na rebelião do Forte de Copacabana haveria atingido os testículos. Ora, a receita do docinho brigadeiro não utiliza ovos. Assim, o nome teria conotação maldosa.

Apesar de batizada no Rio de Janeiro, a receita provavelmente se originou em São Paulo na década de 20 ou 30. A dedução se baseia em uma evidência. Quando o docinho surgiu, seus ingredientes básicos eram elaborados no Estado. Em 1921, a Nestlé abriu em Araras, a 171 quilômetros da capital paulista, a fábrica número um no Brasil e logo passou a elaborar o pioneiro Leite Moça.

 O produto representa até hoje o maior volume de vendas entre os mais de mil itens que industrializa no país. Ainda em 1921, começou a funcionar no bairro da Mooca, em São Paulo, uma prestigiada indústria de chocolates. Chamava-se Gardano. Fabricava um chocolate em pó de qualidade e prestígio, conhecido entre os consumidores como ‘chocolate dos padres’, por reproduzir na embalagem uma tela do pintor toscano Alessandro Sani, do século XIX, na qual dois sorridentes monges católicos aparecem diante de uma panela e de um prato. Também fabricava o Mentex. Foi incorporada pela Nestlé em 1957, mas os monges permaneceram na embalagem. Até hoje ilustram o Chocolate em Pó Solúvel Nestlé, com a pintura original de Sani transformada em desenho.
Coincidentemente, as antigas receitas de brigadeiro recomendam ‘chocolate dos padres’ e Leite Moça.

Brigadeiro – O original

1 lata de leite moça
3 colheres (sopa) de chocolate em pó dois frades
1 colher (sopa) de manteiga
1 xícara (chá) de chocolate granulado

Modo de Preparo
Em uma panela, coloque a manteiga, o Leite MOÇA e o Chocolate em Pó. Misture bem e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, por cerca de 10 minutos ou até desprender do fundo da panela. Retire do fogo, passe para um prato untado com manteiga e deixe esfriar. Enrole em bolinhas e passe pelo chocolate granulado. Coloque em forminhas de papel e sirva.

Brigadeirão

1 lata de leite moça
1 lata de creme de leite sem soro
1 xícara (chá) de chocolate em pó dois frades
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
3 ovos
manteiga para untar
1 xícara (chá) de chocolate granulado para decorar
Modo de Preparo
Bata no liquidificador o leite moça, o Creme de Leite , o Chocolate, o açúcar, a manteiga e os ovos Quando ficar homogêneo, despeje em uma forma com furo central (19cm de diâmetro) untada com manteiga . Cubra com papel de alumínio e asse em banho-maria em forno médio (180°C) por cerca de 1 hora e 30 minutos. Desenforme ainda morno e decore toda a superfície com o chocolate granulado. Leve à geladeira por cerca de 6 horas.
Dicas: - Para retirar o soro do Creme de Leite, deixe a lata na geladeira por, no mínimo, 4 horas. Em seguida, vire a lata, faça dois furos no fundo e escorra o soro. - Caso deseje uma consistência mais fluída, mantenha o soro.

Brigadeiro de colher

1 lata de leite moça
85g de chocolate meio amargo
1 caixinha de creme de leite
Modo de Preparo
Em uma panela, leve ao fogo baixo o leite moça com o Chocolate. Cozinhe mexendo sempre até obter consistência de brigadeiro mole (que corresponde a cerca de 8 minutos). Retire do fogo, acrescente o Creme de Leite e misture bem. Distribua em pequenos copos descartáveis (30ml de capacidade). Espere esfriar e sirva a seguir.
Dicas:
- Para fazer o Brigadeiro Branco, prepare a receita sem acrescentar o Chocolate Meio Amargo.
- Decore com confeitos coloridos ou de chocolate, encontrados em supermercados ou lojas especializadas em artigos para festas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Papos de Anjos: pra comer orando.

Ontem, quando cheguei em  casa depois de um fim de semana fora e me deparei com o apartamento mais vazio que o normal... Mal eu havia chegado e colocado o celular pra recarregar alguém me liga... Minha tia, pra avisar que um  dos moradores dali havia ‘sumido”: Bill, o  periquito australiano que morava com a gente a poucos meses. Era uma ave querida, brincalhona, esperta e alegrava a casa com o azul turquesa de suas penas e com as conversas incansáveis dos seus gorjeios. Mas ele sumiu... deve ter voado...


O dia não  foi  bom, saudade maltrata. E o apego é uma coisa estranha!
Naquele instante desolador, na falta do companheiro que ficava horas comigo ( fosse no meu ombro, no meu braço ou nos meus pés) enquanto eu estivesse  na frente deste notebook, enquanto eu escrevia tudo, todos os dias, pensei em anjos. Talvez pela ligação vinda da infância de que anjos tem asas. Talvez aquela ave fosse um... por que aprendi que Um anjo é uma forma pela qual uma essência ou força de energia é transmitida para um propósito especifico; que os anjos poderia ter asas ou  não – mas anjo com asa é sempre mais  bonito rsrsrsrsrs.
Fiquei na vontade de homenagear a ave que muitos me fez rir durantes os meses que passou aqui, me divertindo. E não achava uma forma legal pra isso. Hoje, porém, me veio a inspiração e aonde quer que Bill esteja – e sei que ele estar em algum lugar -  este post é pra ele. PAPO DE ANJO
Pra que eu pudesse papear com os anjos eu primeiro fui entender como eles surgiram. E a história diz assim:
As primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C., introduzidos pelo Imperador romano Constantino, que sendo pagão, converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante.
Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos anjos foi considerada dogma da Igreja.
Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C. no Sétimo Sínodo Ecumênico definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael. Os escritos essênios, sociedade da qual Jesus fazia parte, estão repletos de referências angelicais.
No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e "ressurreição". Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron.
São Tomás de Aquino foi um estudioso do assunto. Ele dizia que os anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um tecido da chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas.
Os anjos eram chamados de DAIMONES pelos gregos, o que significa também gênios ou seres sobrenaturais. Nessa categoria, encontramos os obreiros de Deus: gnomos e duendes (terra); fadas e silfos (ar); salamandras (fogo) e ondinas (água).
O nome Daimones, porém, correspondente à palavra "demônio", como entendiam os autores eclesiáticos.
Tal fato desperta uma grande curiosidade sobre o tema, já que interesses religiosos fizeram de tudo para que isso não chegasse ao conhecimento popular, principalmente nas Cruzadas, onde textos e escrituras foram eliminados em nome de Deus. Os anjos (Daimones), que protegem os seres humanos, são diferentes dos Daimones, que ficam fora do nosso controle. Eles são perceptíveis ao nosso conhecimento, mas difíceis de mantermos contato, ainda que seja possível entrar em sua sintonia.
Os silfos, por exemplo, são elementos do ar que nos ajudam na propagação dos recados. Por esse motivo, quando fazemos um pedido escrito ao anjo e queimamos o papel, assopramos as cinzas (elemental fogo) ou sentimos vontade de andar para colocar idéias em ordem, como faziam os grandes filósofos. Utilizamos a força das ondinas (elemental água) para nossas emoções e os gnomos e duendes (elemental terra) para prosperidade.
Assim como estamos presos à terra pelas leis da gravidade e não podemos ficar suspensos no céu, os anjos têm dificuldades para ficar conosco na terra. O que dá consistência para sua permanência é a luz ou energia de nossa aura. De uma forma mais simples, poderíamos dizer que a aura é para o anjo o mesmo que o oxigênio é para nós. Se estamos bem, automaticamente são reforçadas nossa simpatia e presença.
Quando estamos tristes ou deprimidos nossa aura diminui e o anjo não atua, dando força ao nosso anjo contrário. Isto nos faz antipáticos. O anjo guardião, que não participa das infelicidades, pede ajuda para que outro anjo resolva nossos problemas. Ficar em sintonia com seu anjo guardião é anular, neutralizar a força do gênio contrário. Com isso sua vida há de prosperar, já que Deus é Prosperidade e quer que você prospere também.
Quando fazemos uma oração, nosso anjo não ouve ou sente o pedido. Nesse momento nossa aura muda de cor e é isso que ele compreende. Quando oramos, nossa aura torna-se azul ou verde. Já quando abraçamos uma pessoa querida, ela fica cor de rosa, o que faz, com certeza, nosso anjo bater as asas no plano etéreo.
Á quem diga que os anjos estão de volta. Um pouco estranha esta frase, porque na verdade eles nunca foram embora. Analisando as religiões milenares existentes, podemos observar a presença destes seres em todas elas, seja nas mais diferentes formas e com os mais diversos nomes. Anjos são os mensageiros de Deus. São elementais, seres de luz, com todas as suas propriedades: velocidade, brilho e poder de cura. Os Anjos sempre estão ao seu lado, não importa que você nunca tenha dedicado sua vida a ele, diríamos que são nossos "treinadores" da vida, nos orientando, nos conduzindo e até mesmo nos incentivando.
Os Anjos são como nossos pensamentos. Não os vemos, sabemos que existem e podemos tê-los quando quisermos, sem limites! Estes seres maravilhosos podem manifestar-se a nossa volta, usando todos os tipos de artifícios necessários, para que entendamos os seus "sinais", eles tomam até mesmo a forma da figura humana. Quem já não teve na vida uma experiência, na maioria das vezes desesperadora, onde surgiu do nada uma pessoa estranha, com o único intuito de ajudar naquele momento e depois desaparecer, tão misteriosamente como surgiu?
Pois são exatamente eles...São nossos Anjos que vem em nosso auxílio num momento de desespero. Mas não precisa também ser obrigatoriamente na forma humana. Eles nos mandam mensagem constantemente, basta apenas estarmos atentos.
No Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia. E de estudos bíblicos com a observação da presença de anjso em outras culturas, os pesquisadores chegaram a hierarquia angelical mostrando-a composta de três tríades.
A 1ª tríade eé uma ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai. Seriam eles os serafins, querubins e tronos. A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial: dominaçoes, virtudes e potencias. A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao mundo material: principados, arcanjos e anjos.

SERAFINS

- príncipe Metatron (Metatron significa Rei dos Anjos em hebraico) - São descritos com seis asas e envolto por chamas de fogo, têm poderes de purificação e iluminação, difundem o princípio da vida universal e manifestam a glória de Deus. São os anjos cuja categoria mais se aproxima de Deus.O nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e dogrego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima, e são descritos em isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas. O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra. Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo dacaridade, e modelos da mais alta aspiração humana.



QUERUBINS


- príncipe Raziel - (Raziel é o o principe da originalidade e dos mistérios. Segundo a tradição judaica, Adão teve problemas de saúde; Raziel entregou um livro contendo todos os ensinamentos sobre as ervas que poderiam salvar a humanidade. Por este motivo, as grandes descobertas da medicina foram atribuídas a Raziel) - Os Querubins Trazem penas de pavão cheias de olhos, simbolizando a onisciência divina. Eles zelam pela ordenação do caos universal, pela sabedoria, e nos ofertam o conhecimento e as idéias. Os Querubins também ensinam que rir é o melhor remédio.
Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים – keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado". No Genesis aparece um querubim como guardião do jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original. Ezequiel os descreve como guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, (O leão sempre foi reconhecido como forte, feroz, majestoso, ele é o rei dos animais e essa face simboliza então sua força). touro, (o touro é reconhecido como um animal que trabalha pacientemente para seu dono. Ele é forte, podendo carregar um urso, e conhece o seu dono). águia, (como um anjo, este pássaro voa acima das tempestades, enquanto abaixo delas existem tristezas, perigos, e angústias. Um pássaro ligeiro e poderoso, elegante, incansável) e homem, Esta face fala da mente, razão, afeições,e todas as coisas que envolvem a natureza humana, isso, para alguns estudiosos, significa que eles assim como os homens possuem o livre arbítrio. E eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciencia.  Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas. Os Querubins, para alguns teólogos, ocupam o topo da hierarquia, pois alguns não consideram os serafins como anjos , uma vez que a palavra hebraica para anjo é "malak" (mensageiro) e da mesma forma no grego, anjo é "angelus" (mensageiro) e estas figuras aladas que aparecem, na Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam a Deus mas não comunicam mensagens ao profeta. São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". A partir do Renascimento passaram a ser representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles. Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo chamado antes pelo nome de Lúcifer.

TRONOS ou OFANINS

- príncipe Tzaphkiel (a morada de Tzaphkiel chama-se harmonia; sentimos sua presença quando ouvimos música ou experimentamos sentimentos de serenidade) - Identificados por uma roda de fogo, cuidam do trono de Deus e apresentam o sentido de união ao homem. Proclamam a grandeza divina e inspiram os homens à arte, à poesia e à música. Tem como função promover a paz e a união entre os homens. Zelam pelo Trono de Deus.
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas. São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.
DOMINAÇÕES


 - príncipe Tsadkiel (Tsadkiel cumpre a vontade de Deus através de seu pder e influência sobre a humanidade) - Almejam a verdadeira soberania e têm no cetro e na espada seus símbolos do poder divino sobre a criação. Afloram no homem a força para subjugar o inimigo interior. Auxiliam as questões ou conflitos que necessitam de solução imediata. despertam no homem a força para dominar a si mesmo. São os Governadores do Universo.As Dominações ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na tradução do termo grego kuriotes, que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres. São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.


POTÊNCIAS ou POTESTADES


- príncipe Camael - São representados com espadas flamejantes. Responsabilizam-se pela ordem e protegem a humanidade dos inimigos exteriores. Zelam pelos elementos água, terra, fogo e ar. Favorecem a perpetuação de todas as espécies que existem na Natureza. Conferem proteção contra o desequilíbrio do meio-ambiente. Sua energia é mais intensa próxima à floresta, aos rios e aos lagos. As Potestades ou Potências são também chamadas de "condutores da ordem sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles são os portadores da consciencia de toda a humanidade, os encarregados da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com o pensamento superior - ideais, ética, religão e filosofia, além da política em seu sentido abstrato. Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nomes. Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.
VIRTUDES

- príncipe Haniel (Haniel é conhecido como Chefe dos Cupidos; ele promove o encontro entre as almas gêmeas)- prodígios e os milagres da cura. Expressam a vontade de Deus e zelam pelo reino mineral, oferecendo discernimento ao homem. Eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações. As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores. Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opõe ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos do alto, frequentemente na forma de milagres. São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados quando se necessita de coragem.


PRINCIPADOS

 - príncipe Raphael (Raphael é um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do SENHOR) - Responsáveis pelos reinos, estados e países, preservam também a fauna e a flora, os cristais e as riquezas da terra. Portam cetros e cruzes e vigiam as lideranças, pois atribuem ao homem a submissão. No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13). Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. Os Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias , da arte e da ciencia.

ARCANJOS

- príncipe Mikael (ou Miguel, seu nome é invocado para dar força, energia, coragem e proteçãoe também ajudar nos assuntos financeiros. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos) - Responsáveis pelas transmissões de mensagens importantes e pela defesa dos países, pais ou da família. Também conhecidos como espíritos planetários lideram os anjos e são responsáveis pelo reino animal. Proporcionam dinamismo e vitória.
O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no novo testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo, ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor, classe de seres mencionada também no Apocalipse. Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos Uriel, Ituriel, Amitiel e Baliel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nesfilim, os "anjos caídos". Contudo em fontes apócrifas este (Baliel) é por vezes dito como querubin. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro. Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina. Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do Diabo.

ANJOS

 - príncipe Gabriel (Gabriel e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria) - São seres de luz que zelam pela gênese do homem e seu desenvolvimento espiritual, sem ocuparem postos ou desempenharem atribuições especiais nas fileiras do exército celestial. Cuidam da segurança e intui a pessoa que estão sob sua guarda desde quando elas nascem. Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah. Na Bíblia são chamados de מלאך אלהים (mensageiros de Deus), מלאך יהוה (mensageiros do Senhor), בני אלוהים (filhos de Deus) e הקדושים (santos). São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza. Segundo a tradição católica os anjos(mensageiros) são designações de cargos, não de natureza. Para Deus, apesar dos vários cargos angelicais, todos são anjos e todos são iguais perante Ele.

Depois deste breve (risos) entendimento sobre figuras angelicais, chego a onde eu queria, nos Papos de Anjos, esta maravilha que é sempre bom comer nas horas de angústia.

O Papo de Anjo é um doce típico português, assim como a mioria dos doces a base de ovos, especificamente da gema. Entre os séculos 18 e 19, Portugal era o principal produtor de ovos da Europa (possivelmente do mundo). A maior parte de sua produção tinha destino certo: fornecer clara para utilização na atividade manufatureira. A clara era usada como purificador na fabricação de vinho branco e, principalmente, para engomar os ternos dos chiques e elegantes do mundo ocidental.
E com tanta clara sendo exportada, o que Portugal fazia com a gema, que excedia todos os anos, às toneladas? Inicialmente, jogava fora ou dava aos porcos. Nas fazendas e criações mantidas pela Igreja, nos mosteiros e, principalmente, nos conventos que se espalhavam às centenas no interior do país, a gema era a principal fonte de alimentação para as criações de porcos e outros animais, que por sua vez eram a principal fonte de alimentação de monges, freiras e aldeões das redondezas. Mas a gema disponível era tanta que ainda assim sobrava.
A quantidade de matéria prima – aliado à fartura do açúcar que vinha das colônias portuguesas – foi a inspiração inicial para o surgimento de experimentos doceiros à base da gema de ovos, realizados pelas cozinheiras dos conventos. Não por acaso, muitos nomes de doces portugueses são insipirados na fé católica, como a barriga de freira, o toucinho do céu, o papo-de-anjo, a fatia-de-bispo e o pão-de-ló, que homenageia Ló, sobrinho de Abraão, salvo por anjos de Gomorra, às vésperas da destruição da cidade pela ira de Deus.
O destino dos doces, mais do que a alimentação dos religiosos, era a venda nos vilarejos das redondezas. A renda de sua comercialização servia para fortalecer o orçamento dos conventos. Aos poucos, o ofício da confecção dos doces passou das freiras para as mulheres que, por diversas razões, eram criadas dentro dos conventos. Rapidamente, os doces de ovos passaram a ser fonte importante de renda em muitas vilas do interior de Portugal. E começaram a chamar atenção nas cidades maiores. Foram parar nos restaurantes de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Guimarães. E daí para o mundo.

PAPO DE ANJO
6 xícaras de açúcar
4 xícaras de água
1 colher (de chá) de essência de baunilha
1 colher (de chá) de fermento em pó
24 gemas
Preparo: Unte as forminhas com manteiga e reserve. Numa panela, coloque açúcar, água e a baunilha, leve ao fogo alto e cozinhe mexendo, até dissolver o açúcar. Pare de mexer abaixe o fogo e deixe ferver até formar uma calda rala, (20 min) reserve. Na batedeira, bata as gemas com o fermento até obter uma mistura cremosa e leve. (30 min) Aqueça o forno em temperatura média. Distribua a mistura de gemas entre as forminhas enchendo até a borda. Até dobrarem de volume, retire do forno. Desenforme os papos de anjo e fure-os com palito. Coloque a calda compoteira e mergulhe os papos de anjo na calda. Deixe na geladeira até o momento de servir. Rende aproximadamente 40 papos de anjo.

Papo de Anjo (receita pernambucana)
2 copos de água;
400 gramas de açúcar;
1 colher de sopa de rum;
10 gemas;
2 claras;
2 colheres de café de farinha de trigo.
Preparo: Faça uma calda rala com água, açúcar e rum. Reserve. Passe as gemas na peneira e bata durante 30 minutos. Junte as claras em neve e a farinha de trigo. Coloque em forminhas untadas com manteiga e leve ao forno para assar por 20 minutos. Depois de assar, retire das forminhas e jogue na calda em fogo baixo. Retire com escumadeira e coloque em compoteira. Cubra com a calda

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sabor a sete chaves: O Pudim de Gabinete


Hoje parei pra pensar no passado, e no futuro, e cheguei a uma conclusão fatídica, e nada diferente de um trecho de uma música que Elis Regina bem cantava, e que diz assim:

Minha dor é perceber Que apesar de termos Feito tudo, tudo,Tudo o que fizemos Nós ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Como os nossos pais...

Por que eu digo isso? Bom se você observar bem, vai perceber que o mundo mudou, a tecnologia evoluiu, seu corpo se modificou, mas sua essência traz conteúdos de caráter e manias absorvidas no seio familiar. Falo nisso para entrar em um tema que provaria uma parte do que falo. Para exemplificar vou usar uma situação típica de muitas pessoas que foi herdada pelos nossos pais, de seus pais que, por sua vez, herdaram de seus avós. Falo da mania de esconder as receitas de família. Quando a receita é boa, realmente boa, ela vira uma joia de família. E joia se guarda a sete chaves...
No Nordeste brasileiro, sobretudo, este fato é muito registrado na história de várias cidades. No Recife, por exemplo, o bolo souza leão teve sua receita escondida durante décadas pela família que dá nome a sobremesa. Mas entre as manias, não basta esconder receitas, tem que esconder também as comidas. Cada casa tem sua mania: uns escondem na dispensa, no fundo da geladeira; há quem esconda no quarto, debaixo da cama, etc., etc., etc..
A história que a Confraria do Barão traz hoje trata de uma preparação que traz no nome esta mania (adquirida pelo comportamento dos parentes) e que tem fama até hoje: O pudim de gabinete.


Pesquisei em muitos livros e  em alguns sites da internet e não encontrei data para o surgimento desta receita. Porém achei uma explicação vinda das Minas Gerais, terra que muito gosto, que dentre os muitos causos para apontar a origem do pudim de gabinete apareceu um que tomei emprestado para explicar o porquê deste nome para o doce.

Quando era menina, em Catas Altas, a 120 quilômetros de Belo Horizonte, a diversão de Clary Figueiredo Antunes nos finais de ano era espiar um grande armário da cozinha. O móvel exercia sobre ela o mesmo fascínio que uma árvore de Natal e seus embrulhos misteriosos. Mas o que aguçava a curiosidade nos olhinhos de Clary era o grande tesouro que sua avó guardava lá dentro, às vésperas da grande ceia. “Naquela época, não existia geladeira”, revela. Assim, a grande atração da noite era o pudim guardado a sete chaves no gabinete, aquele armário da cozinha que tanto atraía Clary. “Vovó fazia com todas as frutas que davam em nosso quintal, mas era servido só nesta época do ano”, conta. “Para conservá-lo, ela colocava uma quantidade maior de açúcar e a janelinha tampada com treliça permitia que o doce recebesse ventilação.” Aos 89 anos, dona Clary cumpre o papel de guardiã dessa sobremesa, então armazenada em grande estilo. “O preparo demora dois dias, pois é preciso esperar esfriar o bolo.

Engraçado, que lá em casa, quando eu era pre-adolescente eu ja preparava muitas guloseimas em casa e adorava esconder os meus pedaços na parte de baixo da cristaleira da sala de jantar - por que só eu  mexia ali –  e para garantir que minhas coisas escondidas não seriam comidas, eu  escondia também a chave da cristaleira dentro da armadura de um dos meus bonecos dos cavaleiros do zodíaco (risos), e assim ninguém achava nada. Aquela cristaleira sempre foi meu território pra guardar tudo. Ainda hoje, quando vou  visitar minha mãe, mexo na cristaleira pra ver coisas minhas guardadas lá dentro.

Armadura Sagrada do cisne - meu esconderijo da chave
Quanto ao pudim de gabinete, bom, eu o conheci achando mesmo que fosse um bolo. O primeiro que eu comi era uma delicia, foi feito por uma senhora chamada Marta (do Moésio) e foi feito para o aniversario de um amigo meu. E pra garantir a tradição, comi meu pedaço na festa e levei outro pra casa - escondido dentro daquelas sacolinhas de aniversário, para depois colocar na cristaleira e saborear quando eu bem entendesse...

Uma coisa interessante é que com o tempo as receitas do pudim de gabinete também  vão se aprimorando. Então, deixo abaixo algumas receitas que já fiz ao longo da vida, começando pela primeira, vinda das Minas Gerais, a qual deu motivo para este post.

Pudim de Gabinete
Para o bolo • 3 ovos • 1 xícara (chá, não muito cheia) de óleo • 1 xícara (chá) de farinha de trigo • 1 xícara e meia (chá) de açúcar cristal • 1 laranja com casca  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
Para a gemada • 6 ovos • 1 lata de leite condensado • 1 xícara (chá) de açúcar cristal • 1 litro de leite integral
Para a montagem • 250 g de cada um dos seguintes ingredientes cristalizados: abacaxi, laranja, cidra, figo, goiaba, cereja, mamão, ameixa preta e uvas passas (podem ser usados doces dessas frutas, desprezando-se a calda) • 1 pote (250 g) de frutas diversas cristalizadas

Preparo O boloRetirar as extremidades da laranja (cabeça e fundo), cortá-la em pedaços pequenos (com casca) e desprezar o miolo branco que fica entre os gomos. Batê-la no liquidificador com os demais ingredientes, colocando por último o fermento em pó. Untar uma fôrma de bolo, alta e redonda (sem o furo no meio). Levar ao forno pré-aquecido, a 180 graus, até corar. Deixar esfriar, desenformar e reservar. A gemada Bater os ingredientes no liquidificador, até obter mistura homogênea. A montagem Cortar em pedaços médios todas as frutas, exceto as do pote, que já são compradas em tamanho pequeno. Untar com manteiga a mesma fôrma usada para o bolo. Cobrir o fundo com um terço das frutas em pedaços. Cortar horizontalmente o bolo em três camadas e colocar a primeira camada por cima das frutas. Sobre essa camada, pôr uma concha da gemada e mais frutas. Pôr a outra camada de massa e repetir o processo, até finalizar com o fechamento do bolo, que deve ser coberto com o que sobrou da gemada. Levar ao forno brando por duas horas, até secar. Deixar esfriar bem para desenformar. Embrulhar em papel alumínio e levar ao freezer. Servir gelado.

Pudim de gabinete
1 bolo comum
Doce de banana
Doce de abacaxi
1 lata de compota de pêssego
1 lata de compota de figo
1/2 lata de marmaleda
200 g de passas
300 g de ameixa preta
2 maçãs
Gemada
3 ovos
5 colheres de açúcar
750 ml de leite
Ingredientes para o creme inglês
3 gemas de ovos
1 litro de leite
2 colheres de amido de milho
6 colheres de açúcar

Unte uma forma redonda e alta. Forre com papel manteiga no fundo e em volta untando bastante o papel (ou com papel alumínio). Decore o fundo da forma. Coloque uma rodela de abacaxi com uma ameixa no meio e alterne em volta fatias de pêssego e figo.
Preparo da gemada. Bata no liquidificador: 3 ovos, 5 colheres de açúcar e 750 ml de leite.
Para montar o pudim. Divida o bolo em 3 camadas horizontais, retire as fatias da primeira camada e coloque na forma em cima da decoração.  Molhe com a gemada e aperte bem, em seguida coloque as frutas. Atenção: Reservar parte das frutas para a camada seguinte Recomece o processo, levando mais uma camada do bolo para a forma. Molhe e coloque mais uma camada de frutas. Depois coloque a última camada de bolo e molhe Leve ao forno a 180 graus em banho-maria durante 1 h e 45 min. Deixe esfriar, retire da forma e o papel manteiga. Servir com creme inglês. Preparo para o creme inglês Bate as gemas e o açúcar no liquidificador. Leve o leite ao fogo e acrescente as gemas e o amido de milho. Desligue quando começar a engrossar. Não ferva.

Pudim de gabinete português

100g de Palitos La Reine ou Biscoitos de Champanhe
7 ovos
300g de açúcar
1l de leite
Raspa de laranja
1 pau de canela
Casca de limão
Caramelo líquido
Opção: gelatina de frutos silvestres (ou outro sabor)

Preparação: Untar uma forma redonda sem buraco com o caramelo líquido, cortar os biscoitos em quadrados e colocar por cima do caramelo.
Levar o leite ao fogo com a casca de limão e o pau de canela, quando ferver retirar e deixar arrefecer. Bater os ovos com o açúcar e a raspa de laranja, até que fique uma mistura bem fofa. Acrescentar o leite arrefecido (para que não coza os ovos) e verter tudo na forma por cima dos biscoitos. Levar ao forno em banho maria a cerca de 200º durante mais ou menos 1 hora.
Opção: a receita original não leva a gelatina, eu tinha em casa um pacote e queria utilizá-lo fiz então a gelatina conforme as instruções da embalagem e deixei ficar com uma consistência de clara de ovo, quando assim estiver verter por cima do pudim já arrefecido e levar ao frio durante 1 hora.


Pudim de gabinete com biscoitos simples
1 lata de leite condensado
1 lata de leite comum
4 ovos
200 g de biscoito maisena
50 g de uvas passas hidratadas e peneiradas
500 g de frutas cristalizadas
manteiga para untar
açúcar para polvilhar
Modo de preparo:
Bata os ingredientes da base para o pudim no liquidificador e reserve. Em uma assadeira retangular e baixa, untada com manteiga e polvilhada com açúcar, coloque o as frutas cristalizadas e as passas, por cima os biscoitos, regue com a base para o pudim e leve para assar em forno médio (180° C) preaquecido por cerca de 40 minutos ou até que esteja firme, espere esfriar para desenformar.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

BROWNIES: elfos, bolos... enfim, delicias!

Nos últimos anos muitas receitas advindas de outros continentes ganharam prestigio entre as mesas brasileiras conquistando e sofisticando os paladares. O Brownie, pode se dizer que é uma destas receitas. Este bolo liso carregado no chocolate  é uma receita tipicamente americana e provavelmente tenha este nome devido sua cor marrom escuro.
como a maioria dos alimentos, a origem do brownie está envolta em muitos mitos, embora seja uma entrada relativamente recente no panteão dos alimentos mais consumidos nas doçarias brasileiras.

Muitas versões explicam a origem do brownie, mas, sem dúvida, a mais gostosa é a que relata um descuido De uma dona de casa americana que extrapolou no chocolate e se esqueceu do fermento
Assim, a primeira aparição do Brownie na imprensa data do início do século 20 trazendo histórias lendárias e cheias de variações para o bolo. Porem a história mais aceita foi contada nos livros Betty Crocker's Baking Classics  e John Mariani’s The Encyclopedia of American Food and Drink, que contam que uma dona de casa em Bangor, no Maine, que estava fazendo um bolo de chocolate, mas esqueceu de adicionar fermento em pó. Como o não subiu corretamente e ficou liso, em vez de jogá-lo fora, ela o cortou em quadrados para ser servido. A história é bonitinha mas infelizmente esta teoria se baseia em um livro publicado em 1912 em Bangor, seis anos após a receita do primeiro brownie ser publicado por Fannie Merrit Farmer, em 1906 (e a versão de Bangor era quase idêntica ao da receita de 1906).

O livro de Fannie Merritt Farmer, em 1906, foi entitulado The Boston Cooking School Cook Book. Pelo que  se sabe, uma versão anterior do livro, de 1896, já trazia uma receita de brownie, porém bem diferente mais parecida com um docinho do que com um bolo.
Outra história bastante ouvida mundo a fora sobre a origem do brownie diz que o  bolo surgiu em 1893 durante a Columbian Exposition em Chicago. Porém, essa receita é um pouco diferente dos brownies que conhecemos hoje, pois era feita com uma cobertura a base de damasco. Essa primeira aparição foi criada pelo chef de um dos hotéis da cidade, o Palmer House Hotel, que serve até hoje a receita original com damasco e tudo.

O nome “brownie” foi uma homenagem a um popular personagem de Palmer Cox, publicado em revistas e livros durante o final do século 19 e início do século 20. O Brownie foi um personagem bastante famoso em seu tempo em ilustrações feitas para crianças. O personagem era um elfo que realizava muitas brincadeiras inofensivas. Por volta de 1920, o Brownie já era bem popular nos EUA. Formado por densos quadrados de chocolate com nozes, os bolos se espalharam pelo mundo Como tudo que se populariza, diversas “versões” foram criadas, contendo caramelo, menta, frutas e diversas variedades de nozes e castanhas."

Tipos de Brownie

O brownie clássico consiste em apenas alguns ingredientes: a manteiga, açúcar, chocolate, ovos, farinha. Porém com esta base surgiram algusn tipos de brownies. São eles:


FUNDGE BROWNIES 

(muitos afirmam que este é o  brownie tradicional) tem o mínimo de farinha, de cerca de meio copo e sem fermento. O nome deve-se ao fato de usar manteiga derretida ao em  vez de fazer creme aquele creme mais denso com adição do açucar, dando assim um resultado fudgier.  Usa-se o chocolate amargo  com um copo cheio de açúcar necessário para equilibrar a sua amargura. Ou açúcar granulado ou castanha pode ser utilizada; um substituto para o outro em proporções iguais. Quanto mais profunda a cor do açúcar, porém, o sabor mais pronunciado de melaço. É tudo uma questão de gosto pessoal.

BROWNIES CAKELIKE 

são bolinhos que contêm um pouco mais  de farinha e menos manteiga, bem como um pouco de fermento em pó para torná-los mais suaves e leves.  A manteiga é  batida com o açúcar, como que para um  bolo tradicional e pedem um  pouco de leite para incorporar á mistura. Isso junto faz com que os brownies cakelikes cresçam )

CHEWY BROWNIES 

geralmente tem este nome devido sua textura garantida a partir de dois fatores: um ovo extra (ou mesmo dois) e uma combinação de diferentes tipos de chocolate. De todos os tipos de chocolate, chocolate amargo tem a maior proporção de amido, que criam um brownie com textura mais dura. Do chocolate meio amargo produz-se uma textura mais cremosa. Muitos utilizam os dois juntos e ainda acrescentam algumas colheres de sopa de cacau em pó para arredondar o sabor e engrossar a textura..

BLONDIES BROWNIES 

São bolinhos feito com açúcar mascavo, manteiga e ovos (e geralmente nozes também), mas sem chocolate. Trata-se de um brownie sem chocolate.

A origem dos Brownie by Palmer Cox

O "Brownie"  decorre de uma tradição escocesa antiga:  Eram todos homenzinhos que apareciam a noite para realizar boas obras  ou desfrutar de brincadeiras inofensivas, enquanto as famílias dormiam,, nunca se permitindo ser visto por mortais. Ninguém, exceto aqueles dotados de visão especial, podia ver os Brownies.
Eles eram chamados de "brownies" por causa de sua cor, a que foi dito ser marrom devido a sua exposição constante a todos os tipos de clima, e também porque tinha o cabelo castanho, algo que não era comum no país onde o "Brownie" foi localizado, onde o povo em geral, tinham cabelos vermelhos ou pretos. Eles se vestiam de uma maneira fantástica, e só eram vistos no crepúsculo da noite, nas companhias das fadas.

They were called "Brownies" on account of their color, which was said to be brown owing to their constant exposure to all kinds of weather, and also because they had brown hair, something which was not common in the country where the "Brownie" was located, as the people generally had red or black hair. There are different stories about the origin of the name. One is that during the time the Covenanters in Scotland were persecuted because they were said to teach a false and pernicious doctrine, many of them were forced to conceal themselves in caves and secret places, and food was carried to them by friends. One band of Covenanters was led by a little hunchback named Brown, who being small and active could slip out at night with some of the lads and bring in the provisions left by friends in secret places. They dressed themselves in a fantastic manner, and if seen in the dusk of the evening they would be taken for fairies. Those who knew the truth named Brown and his band the "Brownies." This is very plausible, but we have too high an opinion of the "Brownies" to believe that they took their name from a mortal. We are inclined to believe that the well-deserving hunchback took his name from the "Brownies," instead of the "Brownies" deriving their name from him. Besides the story does not reach back far enough.

The "Brownies" were an ancient and well-organized band long before there was a Covenanter to flee to caves and caverns. Indeed, from what can be gathered from the writings of ancient authors, one is led to believe the "Brownie" idea is a very old one. It is fair to presume that the "Brownies" enjoyed their nightly pranks, or skipped over the dewy heather to aid deserving peasants even before the red-haired Dane crossed the border to be Caledonia's unwelcome guest. Every family seems to have been haunted by a spirit they called "Brownie" which did different sorts of work, and they in return gave him offerings of the various products of the place. The "Brownie" idea was woven into the affairs of everyday life. In fact it seemed to be part of their religion, and a large part at that. When they churned their milk, or brewed, they poured some milk or wort through a hole in a flat, thin stone called "Brownie's stone." In other cases they poured the offerings in the corner of the room, believing that good would surely come to their homes if "the Brownies" were remembered. On out of the way islands, where the people could neither read nor write, and were wholly ignorant of what was going on in other parts of the country, so much so that they looked upon a person that could understand black marks on paper as a supernatural being, the "Brownie" was regarded as their helper.
The poet Milton had doubtless one of these "Brownies" in his mind when he penned the lines in "L'Allegro" to the "lubber fiend," who drudged and sweat  "To earn his cream-bowl duly set."
But, strange to say, he was not as complimentary as the untarnished reputation of the "Brownies" might lead one to expect. In some villages, near their chapel, they had a large flat stone called "Brownie’s stone," upon which the ancient inhabitants offered a cow’s milk every Sunday to secure the good-will of the "Brownies." That the "Brownies were good eaters, and could out-do the cat in their love for cream, is well proven in many places.

Chocolate Mint brownie

brownie
Meia xícara de manteiga
120g de chocolate amargo
1 e meia xícara de açúcar
3 ovos
1 e meia colher de baunilha
Meia colher  de chá de sal

Mint camada
¼ de xicara de manteiga sem sal amolecida
2 e meia de xícara de açúcar de confeiteiro peneirado
1 e meia a 3 colheres de leite
Meia colher de chá de extrato de pimenta ou duas colheres de creme de menta
Corante alimentício verde

Cobertura de chocolate
90g Chocolate meio amargo picado
1 colher de manteiga sem sal

Preparo: Pré-aqueça o forno a 160 graus C  e coloque a cremalheira no centro do forno. Tenha em uma forma de 23 x 23 cm quadrados) previamente toda forrada com papel  alumínio. reserve
Brownies: derreta a manteiga e chocolate em banho-maria. Retire do fogo e misture o açúcar e a baunilha. Adicione os ovos, um de cada vez, batendo bem (com uma colher de pau) após cada adição. Misture a farinha e o sal e bata com uma colher de pau, até obter uma massa lisa e brilhante. Despeje a massa de brownie uniformemente na assadeira preparada. Asse em forno pré-aquecido por cerca de 25 minutos ou até que os brownies começar a puxar dos lados da forma Se Um palito for  espetado no centro do brownies sairá quase limpo. Retire do forno e coloque para esfriar completamente.
Mint camada: com uma batedeira, bata todos os ingredientes até ficarem homogêneos. Adicione algumas gotas de corante alimentar verde se quiser que a cobertura verde. Se achar que a mistura esta muito grossa, adicione um pouco de creme de leite extra. Espalhe a cobertura uniformemente sobre a camada de brownie e coloque na geladeira por cerca de 5-10 minutos ou até ficar firme.
Chocolate glaze: Em uma tigela refratária sobre uma panela de água fervente, derreta o chocolate e a manteiga. Espalhe sobre o recheio de menta e leve à geladeira por cerca de 30 minutos ou até que o chocolate começa a esmalte opaco.
Para servir: Retire o brownie, levantando com as extremidades da folha e transferir para uma placa de corte. Com uma faca afiada, corte em 30 quadrados. É uma boa idéia para limpar a faca entre cortes com um pano úmido.

Brownie tradicional

150gr de margarina
1 xícara de chá de açúcar
3 ovos
1/2 xícara de chá de farinha de trigo
250 gr de chocolate meio amargo picado
150 gr de nozes picadas
Sorvete de creme ou de chocolate e chantilly (para acompanhar)
Preparo:

Aqueça o forno a 180 graus. Bata 2 claras em neve e reserve. Bata a manteiga, as 2 gemas e 1 ovo inteiro até formar um creme claro. Junte a farinha. Derreta o chocolate meio amargo no microondas, em potência baixa, mexendo a cada 30 segundos (ou derreta no banho – maria sem deixar o vapor d’água entrar  no chocolate). Junte o chocolate derretido à massa e continue batendo. Junte as nozes e mexa com a colher. Por último, acrescente as claras em neve e mexa suavemente até incorporar à massa. Forre uma forma retangular média com papel manteiga. Coloque a massa e leve para assar por 40 minutos. Tire do forno corte em quadrados e sirva com sorvete e chantily.