sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sexta-feira 13: é dia de azar desde um banquete da mitologia escandinava


  
Muita gente tem medo de uma sexta-feira 13. Os supersticiosos de plantão ficam apavorados quando o calendário apresenta esta data repetidas vezes. O que até então ninguém tinha me explicado é o motivo da sexta-feira treze ser considerado um dia de azar. Daí, lá fui eu pesquisar o assunto e acabei descobrindo que isso tudo derivou de um banquete da mitologia nórdica.



Os estudiosos da mitologia apresentam duas explicações mitológicas para este fato:
A primeira delas, houve, no Valhalla - a morada celestial das divindades -, um banquete para 12 convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Instituiu-se, então, a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era desgraça na certa e esse número ficou marcado como símbolo do azar. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.


A morte de Balder
A segunda, é protagonizada pela deusa do amor e da beleza, Friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e friday, "sexta-feira" em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para se vingar, Friga passou a se reunir, todas as sextas-feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o próprio Satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade.
Da Escandinávia, a superstição espalhou-se por toda a Europa, reforçada pelo relato bíblico da Última Ceia, quando havia 13 pessoas à mesa, na véspera da crucificação de Cristo - que aconteceu numa sexta-feira.
No Antigo Testamento judaico, inclusive, a sexta-feira já era um dia problemático desde os primeiros seres humanos. Eva teria oferecido a maçã a Adão numa sexta-feira e o grande dilúvio teria começado no mesmo dia da semana.
No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.
Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.
Note-se também que, no Tarô, a carta de número 13 representa a Morte.



O número 13
A crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta até em países cristãos  é estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim o 13 é um número religioso muito apreciado, os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda.
Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas.
Reportando-nos agora à civilização cristã, lembramos que nos Estados Unidos o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

Eu particularmente não vejo a sexta-feira 13 com olhos supersticiosos. Acredito que o número 13 até seja um número de sorte. Mas, de toda forma não cruze com um gato preto e nem passe embaixo de escadas num dia como hoje [melhor prevenir]; abaixo, deixo a receita de uma sopa dos vikings antigos para que voce prepare e volte no tempo, descobrindo assim um dos sabores presentes nos banquetes daquele tempo.

Sopa viking (de Espinafre)

200ml de creme de leite fresco
3 molhos de espinafres
2 colheres de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher de sopa de queijo ralado
1 litro de caldo de carne
2 gemas
sal

Preparo: coza os espinafres em água temperada com um pouco de sal. Escorra e passe por um espremedor ou peneira. Reserve. De seguida, leve 1 colher de manteiga ao fogo para derreter, junte-lhe de uma só vez a farinha. Envolva muito bem e mexendo sempre, regue com ocreme de leite, e junte ainda o queijo ralado. deixe cozer até obter um preparado bem espesso. Misture os espinafres e o caldo de carne. Retifique o tempero, mexa bem e retire do fogo. Por fim, coloque numa sopeira, a restante manteiga e as gemas de ovos. Mexa bem e junte aos poucos, o creme de espinafres ainda quente. Sirva em seguida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário